Etimologia

terça-feira, 29 de novembro de 2011 0 comentários

Etimologia não é brincadeira!


Se alguém te disser que “adolescente” tem a ver com “doença”, caia na gargalhada. É mentira! Se te disser que “aluno” vem do latim “alumnus” e quer dizer “sem luz”, mande a pessoa estudar! E se tentarem te convencer que “cuspido e escarrado” é uma deturpação de “esculpido em Carrara”, prefira acreditarem saci-pererê. Quemnão gosta de etimologia? Pelo menos saber a origem e o significado do próprio nome, taí uma coisa que atrai todo mundo. O problema é que a retumbante maioria das pessoas que andam por aí distribuindo etimologias a granel não têm formação nem informação para fazer isso. O que elas realmente oferecem são abobrinhas etimológicas ou, melhor, pseudo-etimológicas.

Ligo a televisão e me prometem uma reportagem sobre a cidade de Penedo (RJ). Aparece o repórter com microfone na mão e dispara: “Penedo na língua dos índios quer dizer pedra grande”. Nossa Senhora da Penha, orai por nós! Os índios não têm nada a ver com a palavra Penedo, que está em qualquer dicionário de português com o significado de “pedra grande, rochedo” e é parente de “penha”, “penhasco” etc.

A etimologia é uma ciência, e das mais antigas. O filósofo Platão já se interessava por ela e escreveu um de seus famosos diálogos, o Crátilo, em torno da questão da origem das palavras. A partir do século XIX, com o nascimento da linguística científica, a etimologia se consolidou, principalmente graças ao trabalho de muitos alemães. Foi nesse período que se começou a conhecer o parentesco entre as línguas, como as da família indo-europeia, sua origem comum numa língua ancestral que sofreu mudanças à medida que seus falantes iam migrando em grupos diferentes para diferentes direções. É assim que sabemos que o português é parente de centenas de línguas faladas na Índia, por exemplo. A palavra sânscrita Veda (“conhecimento”) é parente da grega idea (que muito antes era widea, “ideia”) e do latim “video” (“eu vejo”): como três quartos do nosso conhecimento do mundo nos entram pelos olhos, não admira que exista uma relação entre “ver” e “conhecer”.

Em bancas de jornal e páginas da internet pululam as listas de nomes próprios e seus significados. Para mim, funcionam como um livro de piadas. Aliás, proponho que criemos a palavra “etimoludia” para designar essa brincadeira, essa gozação com as (falsas) origens das palavras. Assim como se faz a oposição entre astrologia e astronomia, alquimia e química, podemos fazer a contraposição entre a “etimoludia” (baboseiras sem fundamento) e a etimologia científica.

As pessoas sem formação séria na área da linguística também imaginam que as línguas de povos “exóticos” são diferentes em tudo e por tudo das línguas mais conhecidas, ocidentais. Assim, quando vão dar o significado de alguma palavra dessas línguas, descambam para a pseudopoesia e o exagero. O nome Leila, por exemplo, significa tão somente “noite” em árabe (laylá) e não “escura como a noite estrelada do deserto”. Blergh!


Por Marcos Bagno – Maio de 2011

Gerúndio ou Gerundismo ?

quarta-feira, 24 de agosto de 2011 0 comentários

A demissão do gerúndio?

Melhor seria Gerundismo:

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), tomou uma decisão que chamou a atenção de quem leu a edição de hoje do "Diário Oficial" do distrito: demitiu o "gerúndio" de todos os órgãos do governo. O decreto com a nova medida também proíbe o uso do gerúndio por desculpa de "ineficiência".

O gerúndio é uma das formas nominais do verbo, formada pelo sufixo "ndo" que indica continuidade de uma ação. O uso do gerúndio se tornou comum e demonstra imprecisão de uma atitude como, por exemplo, "vou estar verificando" em vez de "vou verificar", portugal utiliza a forma no infinitivo, quando o Brasil optou pelo gerúndio.

Escrevo com indignação por quem aplicou uma lei preconceituosa em relação aos direitos linguísticos, pois a língua é do falante que a utiliza, uma ignorância e falta de conhecimento por se tratar dos estudos de Linguagem, as autoridades que poderia simplesmente consultar especialistas no assunto, causaram logo polêmicas. O "gerundismo" realmente torna a língua um vicio de linguagem e não se tratando diretamente do gerúndio que são formas nominais do verbo, quem decretou deveria tomar o devido cuidado em expressar o enunciado de forma coerente, logo criticam os falares e escritas afins , portando por uma falta de intertextualidade em escrever um decreto preconceituoso e exagerado, tornando este bordão um uso insistente em tempos atuais ...


Leia a íntegra do decreto abaixo e veja como se resolve um dos grandes problemas do Brasil:
"Decreto nº 28.314, de 28 de setembro de 2007.
Demite o gerúndio do Distrito Federal, e dá outras providências.
O governador do Distrito Federal, no uso das atribuições que lhe confere o artigo100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:
Art. 1° - Fica demitido o Gerúndio de todos os órgãos do Governo do Distrito Federal.Art. 2° - Fica proibido a partir desta data o uso do gerúndio para desculpa de INEFICIÊNCIA.Art. 3° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 28 de setembro de 2007.

119º da República e 48º de Brasília

JOSÉ ROBERTO ARRUDA

História da Gramática

quarta-feira, 20 de julho de 2011 0 comentários
Gramática (do grego: γραμματική, transl. grammatiké, feminino substantivado de grammatikós) é o conjunto de regras individuais usadas para um determinado uso de uma língua, não necessariamente o que se entende por seu uso "correto". É ramo da Lingüística que tem por objetivo estudar a forma, a composição e a inter-relação das palavras dentro da oração ou da frase, bem assim o seu apropriado ou correto uso.

Índice [esconder]

1 Teoria geral da gramática
1.1 Acepções
1.2 A noção do correto e a mutabilidade lingüística
2 História da gramática
3 Outras gramáticas
4 Classificação
5 Referências
Teoria geral da gramática

Numa expressão simples, porém extremamente elegante e geral, "Gramática", como alguém já disse, "é a arte de colocar as palavras certas nos lugares certos".[1]

Gramática, portanto, numa abordagem generalista, não se vincula a esta ou àquela língua em especial, senão a todas. Contém o germe estrutural, por assim dizer, de todas, realizando a conexão essencial subjacente à relação de cada uma com as demais.

Para o estudo de gramáticas particulares de cada língua, vejam-se os artigos correspondentes a cada língua em particular.
Os diversos enfoques da gramática (normativa, histórica, comparativa, funcional e descritiva) estudam a morfologia e a sintaxe que tratam, somente, dos aspectos estruturais, constituindo, assim, uma parte da lingüística que se distingue da fonologia e da semântica (que seriam estudos independentes), conquanto estas duas possam compreender-se, também, dentro do escopo amplo da gramática.

Dentre os diversos tipos de gramáticas (ver abaixo), a chamada gramática normativa é a mais conhecida pela população, e é estudada durante o período escolar. É elaborada, em geral, pelas Academias de Letras de cada país, nem sempre em conformidade com o uso corrente da população, mesmo em amostragens da porção tida por "mais culta".

Cabe notar, ainda, que nem toda gramática trata da língua escrita. Como exemplo, cite-se o caso da Gramática do Português Falado, em realidade cultural-linguística brasileira, coleção publicada pela editora da Universidade de Campinas.

Acepções

O termo "Gramática" é usado em acepções distintas, referindo-se quer ao manual onde as regras de regulação e uso da língua estão explicitadas, quer ao saber que os falantes têm interiorizado acerca da sua língua materna.

Estas duas acepções distintas remetem aos conceitos de Gramática Prescritiva ou Normativa, que impõem determinados Comportamentos lingüísticos como corretos, marginalizando outros por não fazerem parte da prática lingüística daqueles que não são os "barões ou doutos".

Atualmente, a Linguística procura descrever o conhecimento linguístico dos falantes, produzindo as ditas Gramáticas Descritivas. Estas, ao invés de imporem Paradigmas, descrevem e incorporam fenômenos que, numa abordagem apenas prescritiva, seriam desprezáveis.

[editar] A noção do correto e a mutabilidade lingüística
Conquanto "correto" (Latim correctu) faça remissão semântica a imutabilidade ("não-desvio") em relação a um pré-determinado ou estabelecido 'padrão, neste caso lingüístico, convém observar três princípios básicos, que se fazem presentes na dinâmica cultural humana:




História da gramática

A primeira gramática de que se tem notícia, registro histórico, é a de Pānini para o sânscrito.

Contudo, aceita-se que o estudo formal da gramática tenha iniciado com os gregos, a partir de uma perspectiva filosófica — como, aliás, era do feitio grego no apreciarem as diversas questões do conhecimento e da natureza— , descobrindo, assim, a estrutura da língua.

Com o advento do Império Romano, em sua dominação dos demais povos, os romanos receberam essa tradição dos gregos, e traduziram do latim os nomes das partes da oração e dos acidentes gramaticais. Muitas destas denominações chegaram aos nossos dias. A partir do século XIX, surgiu a gramática comparativa, como enfoque dominante da Lingüística.

Dionísio, o Trácio, gramático grego, escreveu a "Arte da Gramática", obra que serviu de base para as gramáticas grega, latina e de outras línguas européias até o Renascimento.

No século XVIII, iniciaram-se as comparações entre as várias línguas européias e asiáticas, trabalho que culminou com a afirmação de Gottfried Wilhelm Leibniz de que a "maioria das línguas provinha de uma única língua, a indo-européia".

Até o início do século XX, não havia sido iniciada a descrição gramatical da língua dentro de seu próprio modelo. Mas, abordando esta perspectiva, surgiu o "Handbook of american Indian languages" [Manual das línguas indígenas americanas)(1911), do antropólogo Franz Boas, assim como os trabalhos do estruturalista dinamarquês Otto Jespersen, que publicou, em 1924, "A filosofia da gramática".

Boas desafiou a metodologia tradicional da gramática ao estudar línguas não indo-européias que careciam de testemunhos escritos.

A análise descritiva, representada nestes dois autores, desenvolveu um método preciso e científico, além de descrever as unidades formais mínimas de qualquer língua.

Para Ferdinand de Saussure, "a língua é o sistema que sustenta qualquer idioma concreto", isto é, o que falam e entendem os membros de qualquer comunidade lingüística, pois participam da gramática.

Em meados do século XX, Noam Chomsky concebeu a teoria da "gramática universal", baseada em princípios comuns a todas as línguas.

Também nos séculos XIX e XX, estabeleceram-se as bases científicas da Semiótica, como "sistema de signos", a conectar várias ou todas as áreas do conhecimento.

Em língua portuguesa, a primeira gramática conhecida é da autoria de Fernão de Oliveira, foi publicada em Lisboa, em 1536, com o título “Grammatica da lingoagem portuguesa”.

Outras gramáticas

Na informática, a sintaxe de cada linguagem de programação é definida com uma gramática formal, ou linguagem natural. Na informática e na matemática, gramáticas formais definem linguagens formais. A hierarquia de Chomsky define vários importantes tipos de gramáticas formais.

Classificação

Costuma-se classificar a Gramática em partes "autônomas, porém harmônicas entre si", afim de facilitar o seu estudo.

Uma classificação mais antiga (não significa incorreta...) estipula as seguintes partes:

Fonética;
Morfologia;
Sintaxe; e
Tópicos especiais (elementos de etimologia, versificação, história etc.).
Uma classificação mais atual, comporta:

Comunicação e expressão;

Fonética;
Morfologia;
Sintaxe;
Etimologia;
Semântica;
Literatura;
Lógica.
Referências

1.↑ ECKERSLEY, C. E. (M.A.) & MACAULAY, Margaret (M. A.). Brighter Grammar. London: Longsman, Green & Co. Ltd., 1955

Ortografia para nunca esqueçer !

segunda-feira, 27 de junho de 2011 0 comentários

Emprego do h

O h é uma letra que se mantém em algumas palavras em decorrência da etimologia ou da tradição escrito do nosso idioma. Algumas regras, quanto ao seu emprego devem ser observadas:

a) Emprega-se o h quando a etimologia ou a tradição escrita do nosso idioma assim determina.
homem, higiene, honra, hoje, herói.

b) Emprega-se o h no final de algumas interjeições.
Oh! Ah!

c) No interior dos vocábulos não se usa h, exceto:
- nos vocábulos compostos em que o segundo elemento com h se une por hífen ao primeiro.
super-homem, pré-história.

- quando ele faz parte dos dígrafos ch, lh, nh.
Passarinho, palha, chuva.


Emprego do s

Emprega-se a letra s:

- nos sufixos -ês, -esa e –isa, usados na formação de palavras que indicam nacionalidade, profissão, estado social, títulos honoríficos.
Chinês, chinesa, burguês, burguesa, poetisa.

- nos sufixos –oso e –osa (qua significa “cheio de”), usados na formação de adjetivos.
delicioso, gelatinosa.

- depois de ditongos.
coisa, maisena, Neusa.

- nas formas dos verbos pôr e querer e seus compostos.
puser, repusesse, quis, quisemos.

- nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com s.
análise: analisar, analisado
pesquisa: pesquisar, pesquisado.


Emprego do z

Emprega-se a letra z nos seguintes casos:
- nos sufixos -ez e -eza, usados para formar substantivos abstratos derivados de adjetivos.
rigidez (rígido), riqueza (rico).

- nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com z.
cruz: cruzeiro, cruzada.
deslize: deslizar, deslizante.


Emprego dos sufixos –ar e –izar.

Emprega-se o sufixo –ar nos verbos derivados de palavras cujo radical contém –s, caso contrário, emprega-se –izar.
análise – analisar eterno – eternizar


Emprego das letras e e i.

Algumas formas dos verbos terminados em –oar e –uar grafam-se com e.
perdoem (perdoar), continue (continuar).

Algumas formas dos verbos terminados em –air, -oer e –uir grafam-se com i.
atrai (atrair), dói (doer), possui (possuir).


Emprego do x e ch.

Emprega-se a letra x nos seguintes casos:

- depois de ditongo: caixa, peixe, trouxa.

- depois de sílaba inicial en-: enxurrada, enxaqueca (exceções: encher, encharcar, enchumaçar e seus derivados).

- depois de me- inicial: mexer, mexilhão (exceção: mecha e seus derivados).

- palavras de origem indígena e africana: xavante, xangô.

Emprego do g ou j

Emprega-se a letra g

- nas terminações –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: prestígio, refúgio.
- nas terminações –agem, -igem, -ugem: garagem, ferrugem.

Emprega-se a letra j em palavras de origem indígena e africana: pajé, canjica, jirau.


Emprego de s, c, ç, sc, ss.

- verbos grafados com ced originam substantivos e adjetivos grafados com cess.
ceder – cessão.
conceder - concessão.
retroceder - retrocesso.
Exceção: exceder - exceção.

- nos verbos grafados com nd originam substantivos e adjetivos grafados com ns.
ascender – ascensão
expandir – expansão
pretender – pretensão.

- verbos grafados com ter originam substantivos grafados com tenção.
deter – detenção
conter – contenção.


Até a próxima pessoal.

MAS O QUE FAZ MESMO UM LINGUÍSTA?

segunda-feira, 11 de abril de 2011 0 comentários

Vim de um curso, e a coisa mais interessante que ouvi foi “é legal um linguísta falar da língua, mostrar que há análises sintáticas alternativas”. Foi bom, mas, ao mesmo tempo, uma declaração como essa significa que ninguém sabe o que a linguística faz. O que se supõe é que a linguística é aquele resumo meio besta que se faz por aí, seja de Ferdinand de Saussure, seja de Noam Chomsky. Coisas como redizer as dicotomias (língua/fala ou competência/performance), sem dar-se conta de que essas categorias têm que ver exatamente com a língua!
Muita gente reduz Saussure a seu pedaço, digamos, filosófico: o signo é arbitrário. Mas parece que ninguém lê as páginas dele sobre fonologia ou morfologia. Curioso, muito curioso. Mas é isso que faz com que muitos cursos de Letras tenham disciplinas de Linguística sem que elas afetem as aulas de Língua Portuguesa dadas no horário seguinte.
Ora, a linguística está para a gramática exatamente como Galileu está para Aristóteles. Ou seja, propõe outras tantas teorias que competem entre si para ver qual explica melhor as línguas, ou uma língua — uma oração, uma sílaba, um fonema (e não apenas a linguagem, essa capacidade humana). Mas a maioria dos leitores de Chomsky (não entre os lingüistas, claro) lê só os pedaços dos livros dele que falam de inatismo. É que ler os outros capítulos, os que exigem domínio da metalinguagem, ou, mais ainda, que o leitor aceite que sejam ameaçados os pífios conhecimentos de gramática escolar que ele tem, dá dor de cabeça.
Lembrei isso ao ler o texto de Marcelo Gleiser no caderno MAIS! de 29/01/2006. Cheguei a acreditar que posso fazer com esse texto o que muita gente faz com Chomsky ou com outros autores (já ouvi de um intelectual que o que interessava saber de Foucault era que ele discute o poder!!! — o que me lembrou da piada de Woody Alen sobre leitura dinâmica: “li Guerra e Paz em quatro horas — é sobre a Rússia”).
Voltando ao tema: lendo Gleiser, lembrei das leituras de Saussure e de Chomsky que se fazem por aí, por duas razões. Uma é que ele me permite fazer de conta que consigo entender um dos profundos problemas dos físicos, para o qual eles estão bolando soluções plausíveis. Outra é que, entendendo ou fazendo de conta que entendo desse grande problema, posso me dispensar de aprender física!
As explicações mencionadas por Gleiser para o tal problema ficam parecidas com a explicação inatista de Chomsky. Diz ele que se sabe desde 1929 que as galáxias se afastam umas das outras em velocidades que aumentam progressivamente e que, desde 1998, sabe-se que essa expansão é mais rápida do que se pensava (e usa imagens do quotidiano que tornam o fenômeno inteligível).
O que mais me interessou foi uma teoria para explicar a aceleração da expansão do universo. Se ela aumenta de velocidade, alguma força deve estar empurrando as galáxias. A hipótese é que ela se deva a uma energia “escura”, assim chamada porque não é visível, vejam só. Há dois candidatos para a vaga: ou é a “constante cosmológica”, cuja origem é bem sutil (pode ser causada por minúsculas flutuações de energia que ocorrem no vácuo), ou é um novo tipo de matéria exótica, chamada quintessência (Gleiser diz que lembra a teoria do éter de Aristóteles...), que seria capaz de produzir a energia que nutre a expansão.
Ora, a postulação dessas forças lembra muito a do inatismo. Principalmente porque é impressionante a rapidez com que os gerativistas passam de um dado ordenado para a afirmação de que não há outra explicação para a tal regra a não ser o inatismo. Eles poderiam ser mais imaginativos, imitando os físicos.
Mas o que eu queria mesmo dizer é que, lendo Gleiser por dois ou três finais de semana seguidos, eu já poderia discutir física... em um bar. Desde que eu me contentasse em discutir física como se discute linguística por aí. Sem entrar nela, e sem ter que aprender o ofício.


Texto de Sírio Possenti (UNICAMP).

lattes.cnpq.br/0113877782649597


"Estrangeirismos na Língua Portuguesa"

quinta-feira, 24 de março de 2011 0 comentários

Se é verdade que os graffiti incomodam muita gente, não se pode propriamente dizer que os "graffitis" incomodam muito mais. No entanto, há pessoas que se enervam quando ouvem alguém falar de "graffitis" e têm uma certa razão: é que a palavra italiana graffiti já está no plural, sendo o substantivo singular graffito. Portanto, explicam esses ilustres defensores da nossa língua e da coerência gramatical, não faz qualquer sentido flexionar duplamente uma palavra no plural. É tão absurdo como dizer "verõesãos"...
Mas como fazer ver aos portugueses que a palavra que importaram já está no plural e, portanto, devem referir-se a um graffito ou a vários graffiti? Decerto não será fácil, dado que para nós o plural dos nomes leva, por defeito (e salvo raras excepções), um -s no fim...
Afinal, se quisermos ser puristas, também devemos dizer pizze no plural, dado que a forma pizza também não se flexiona em número, em italiano, por meio da junção do -s ao nome singular...
Podemos sentir-nos um pouco envergonhados por causa da "ignorância geral" e insistirmos em usar graffiti quando nos referimos a muitos desenhos feitos nas paredes e muros. Mas também podemos tolerar esse plural mal formado como um sinal da inevitabilidade das mudanças menos informadas que sempre ocorreram nas línguas. Afinal, não se pode esperar que os falantes saibam todos de onde vieram e como foram formadas as palavras que usam! E em todos ou quase todos os idiomas deve haver casos assim, de formas equivocadas que acabaram por vingar. Pensemos por exemplo em chicken (frango), que era o plural de chick, em inglês (como child/children), e passou a designar o singular, sendo hoje normal usar-se o duplo plural (ainda que um deles agora passe despercebido) chickens.

Por hoje é só pessoal um grande abraço...



Benvindo ou Bem-vindo ?

quarta-feira, 2 de março de 2011 0 comentários



Olá pessoal hoje vou comentar a respeito de um erro ortografico cometido em algumas placas e que está o nosso amigo senhor Benvindo que supostamente não é bem-vindo, não entendeu nada ? vamos explicar:

Bem-vindo é um adjetivo composto que é o ato de dar boas vindas, agora o nosso amigo Benvindo é um substantivo próprio,pode ser o nome de alguém por exemplo, então o emprego da palavra Bem-vindo deve vir sempre com hífen e sem desculpas para erros de digitações esquecendo do Hífen, tudo bem?

Ex.: O Senhor Benvindo chegou.

Ex2.: Seja Bem-vindo a São Paulo. (sem crase). Depois explicarei em algum post o uso ou não da crase, agora somente uma dica de como empregá-la corretamente diante de nome de lugares como cidade, estado e país;

Vou à Portugal (Venho de Portugal).

Vou à Itália (Venho da Itália).



Agora:

Vou a São Paulo (Venho de São Paulo).

Vou a Piumhi (Venho de Piumhi).



Então, ao inverter a frase e perceber a preposição "de", não se usa crase.


-Parece que vocês já sabiam dessa dica não é verdade? pois é, ainda tem muita gente que confundiu com a reforma ortográfica ou por falta de atenção mesmo antes de escrever.
Mas se foi por causa da reforma,e as pessoas que cometeram o erro ortográfico se sentiram injustiçadas não se preocupem pois tenho um argumento aplausível em questão:

Temos uma palavra da língua portuguesa que sofreu uma "aglutinação" chamada Bem-feito que depois passou a ser benfeito sem hífen e junto com "n" assim se levando pela analogia de que o bem-vindo poderia também ter mudado. Porém o Bem-vindo é uma forma de dar boas vindas e o nosso amigo Benvindo Siqueira está por aí escrevendo seus Poemas.

Coloquei algumas placas com erro de ortografia para vocês perceberem que a dúvida ainda permanece, por exemplo em uma cidade chamada Parnaíba no estado de Piauí foi motivo de chacota, mas eles já corrigiram, pode clicar no link abaixo para ver a manchete.

http://180graus.com/geral/placa-com-erro-gramatical-que-virou-piada-no-piaui-foi-corrigida-407395.html



Vocabulário de hoje: Aglutinação


De acordo com a classificação do começo do século XIX, feita pelo estudioso alemão Wilhelm von Humboldt, em linguística, aglutinação é o processo morfológico de adição de afixos ao Radical (linguística) de uma palavra. Línguas que usam aglutinação são amplamente denominadas Línguas Aglutinantes.



Bom por hoje é só pessoal abraços !

Incoerência Textual?

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011 0 comentários

"ABERTO TODOS OS DIAS",Descanso semanal,terça feira.



De acordo com Evanildo Bechara(1),entendemos que,“o enunciado não se constrói com um amontoado de palavras e orações. Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência e independência sintática e semântica, recobertos por unidades melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios”. Percebemos no entanto que a qualidade do discurso escrito ou seja a pessoa do discurso que infere que o estabelecimento fique aberto todos os dias viola na estrutura textual o que chamamos de incoerência textual,se tornando uma contradição, dizendo que é aberto todos os dias mas somente na terça que é um descanso semanal possivelmente não vai abrir,mas a informação foi completa e a pragmática aceita,porém incoerente.Veja pessoal que a frase nos colocou em desconexão com o que se quer informar o Painel, realmente poderia ter organizado sua frase de forma mais coesa e coerente, exemplo:


Mercadão do Azulão. "Aberto todos os dias, exceto às terças, de 9h30 à 17h30." Metrô: Piumhi. MG. Outras informações: etc.


Imagino que além de uma organização textual teria o enunciado ser mais especifico com o descanso semanal, então finalizando meu post entendemos que, a coerência textual é a relação lógica entre as ideias, pois essas devem se complementar, é o resultado da não contradição entre as partes do texto.

A coerência de um texto inclui fatores como o conhecimento que o produtor e o receptor têm do assunto abordado, conhecimento de mundo,que esses têm da língua que usam de uma determinada intertextualidade.

Vocabulário de hoje: Pragmática.

Pragmática é o ramo da linguística que estuda a linguagem no contexto de seu uso na comunicação. As palavras, em sua significação comum, assumem muitas vezes outros significados distintos no uso da língua e, mais recentemente, o campo de estudo da pragmática passou a englobar o estudo da linguagem comum e o uso concreto da linguagem, enquanto a semântica e a sintaxe constituem a construção teórica.[1] A pragmática, portanto, estuda os significados linguísticos determinados não exclusivamente pela semântica proposicional ou frásica, mas aqueles que se deduzem a partir de um contexto extra-linguístico: discursivo, situacional, etc.


Por hoje é só pessoal !Abraços.

"O pronome oblíquo “lhe”

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011 0 comentários

Esse painel aqui que encontrei em "Placas Engraçadas" observei que o Letreiro exagerou um pouco no pronome oblíquo, não sei se ele queria formalizar totalmente a frase ou ocorreu algum erro de digitação,(risos),creio que poderia ser produzido melhor desta forma na minha opinião:


"Se seu namorado não te levar,vai com outro". Se alguém tiver uma forma mais apropriada para nosso painel insano e apologético postem por favor, mas como diz a regra gramatical vamos entender como se usa o pronome oblíquo "lhe".


O pronome oblíquo “lhe” é substituto dos objetos indiretos, ou seja, dos complementos que possuem preposição. Enquanto os pronomes o, a, os, as e variações como lo, la são dos objetos diretos.

Assim, a expressão “levar-lhe” está errada, pois o verbo “levar” é transitivo direto e indireto , exige ou não complemento, porém sem preposição, então o "lhe ficaria um pouco sem sentido,

a) Quero levar meu pai ao hospital. Quero levá-lo ao hospital.

Agora, observe uma oração na qual o verbo exige um complemento com preposição:

a) Levou ao chefe uma pequena carta. levou-lhe uma pequena carta.

Em caso de dúvida é necessário a observação do verbo, pois é ele quem diz se é necessário o uso ou não de preposição.

Vejamos mais um exemplo sem o verbo Levar : Vou convidar a minha melhor amiga para a festa.

Qual o correto: Vou convidar-lhe para a festa ou Vou convidá-la para a festa?

O verbo “convidar” é transitivo direto, ou seja, exige complemento. Contudo, este complemento é ou não precedido de preposição? Não. Quem convida, convida alguém e não de alguém, por alguém, etc. Logo, a correta é a segunda oração.


O “lhe” refere-se a pessoas e pode ser usado tanto no gênero feminino, quanto no masculino, contudo,não exerce função de objeto direto e sim de objeto indireto.


Até a próxima pessoal!

"Curiosidades da língua" Participação especial do Professor Juscelino.!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011 0 comentários

Curiosidades da língua

Nesta seção, quero apresentar a você algumas curiosidades da língua portuguesa.

1- A maior palavra da língua portuguesa é:
Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico - 46 letras- 20 sílabas (Dicionário Houaiss).
Significado: relativo a , próprio de ou que apresenta pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose

Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose significa doença pulmonar (pneumoconiose) aguda causada pela aspiração de cinzas vulcânicas (Dicionário Houaiss)


2- A única palavra que tem a flexão de plural no meio é:
Qualquer - Plural: Quaisquer



3- Algumas fobias:
Agorafobia
Horror a Praças Públicas, a lugares abertos
Nictofobia
Medo da noite, da escuridão
Ereutofobia
Medo de ficar rubro diante de outras pessoas
Ginecofobia
Medo de mulheres
Mitofobia
Pavor de mentiras
Aurilofobia
Pavor a gatos
Basiofobia
Medo exagerado de cair

4- Masculinos e femininos de animais :
Masculino
Feminino
Andorinho
Andorinha
Capincho
Capivara
Caxarelo
Baleia
Jabuti
Jabota
Corvo
Covacha ou Corva
Pacuçu
Paca
Tubarão
Tintureira

Pérolas do Orkut !

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011 0 comentários

Quem sabe jogando uma Bomba o jogo Estala não é?

Verbo Transitivo Direto e Indireto

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011 0 comentários

Verbo Transitivo Direto e Indireto
Verbo transitivo é aquele que necessita de um complemento, pois não possui 'sentido completo'.


Exemplos:


a) Luís foi ao 'shopping' e comprou.


b) Ele precisou.


Observe que o sentido das frases não está completo porque você não sabe "o que Luís comprou" e nem "do que Luís precisou".
Portanto, os verbos "comprou" e "precisou" exigem um complemento verbal para dar sentido completo à frase. Trata-se de dois verbos transitivos.


Veja agora:


a) Luís foi ao 'shopping' e comprou uma jaqueta azul.
- 'uma jaqueta azul' é o objeto direto do verbo 'comprou'; logo, este verbo é transitivo direto.


b) Ele precisou de trinta e cinco reais.
- 'de trinta e cinco reais' é o objeto indireto do verbo 'precisou'; então, este verbo é transitivo indireto.


Concluindo:


- Verbo transitivo direto: precisa de complemento diretamente ligado.
- Verbo transitivo indireto: precisa de complemento indiretamente ligado, ou seja, o complemento é regido por preposição.
- Verbo trasitivo direto e indireto: precisa dos dois complementos - objeto direto e objeto indireto.


DICA:


1ª) para 'descobrir' o objeto direto, faça a pergunta: "verbo + o quê?" (no exemplo 'a': "comprou o quê?")


2ª) para 'descobrir' o objeto indireto, faça a pergunta: "verbo + preposição + quê?" (no exemplo 'b': "precisou de quê?").


Fonte X-Tudo.

"Sujeito à Guincho" ou "Sujeito a Guincho?" Qual a forma correta??

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011 3 comentários


Conhecer,observar,discutir a forma padrão não implica em desrespeitar o saber linguístico prévio de cada um, pois ele não será substituído, e sim, ampliado e enriquecido por convenção coletiva, assim neste escopo, permitindo a cada pessoa escolher a língua funcional adequada em cada situação, mas levando também em conta o sentido lógico da frase.

Sendo assim as duas frases estão erradas com ou sem crase, observei que em alguns blogs colocaram "sujeito a Guincho de forma correta e somente explicaram pela perspectiva do uso da crase, porém a palavra que indica ação seria mais apropriado, veja abaixo:


Estar sujeito a guincho. Certo: Estar sujeito a guinchamento.
Um automóvel, quando estaciona em local proibido, fica sujeito a guinchamento, que é a palavra que indica ação. Guincho exprime o objeto. Pois bem! em muitas cidades Brasileiras ainda passam por despercebida essas placas de alerta.

Finalizando a palavra, guincho, no caso acima, é o objeto; o equipamento que, conduzido, produz a ação de guinchamento. Portanto nossos veículos, refratários ao aviso em questão, não estão sujeitos ao objeto guincho, mas a ação que se realiza através dele. Neste caso o correto seria Sujeito a guinchamento.

Corrija-se por favor !!!!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011 0 comentários

Você que às vezes inocentemente por ventura dialoga com alguém e logo vem aquela sensação de que falou algo errado, pode nem sempre ser um erro gramatical, mas um preconceito linguístico, listado por convenção social; não se preocupe, " está aí o seu dever de casa...




Super-interessante
Na famosa revista está grafada a palavra Super- acima de -interessante. Dado o desconto por tratar-se de um nome, uma marca, deve-se chamar a atenção: a palavra superinteressante escreve-se sem hífen. E, portanto, não teria essa divisão silábica, mas esta: su-pe-rin-te-res-san-te.
Um agravante, um atenuante
Agravante e atenuante são palavras femininas. Portanto, uma agravante, uma atenuante. Sempre.
Todo mundo
Todo o mundo erra essa. Todo o mundo precisa saber que o correto é “todo o mundo” em qualquer situação.
Qualidade que você gosta
Outro erro comum nos reclames diários. Quem gosta, gosta de alguma coisa, portanto, a marca de que você gosta, 11 livros eróticos de que você vai gostar.
O banco que você confia
Quem confia, confia em alguma coisa. Portanto, o banco em que você confia.
A janta está na mesa
A janta está quase consagrada pelo uso, como se costuma dizer nos meios gramáticos. Mas, se você preferir uma forma mais correta, diga sempre que o jantar está na mesa.
Desculpe a nossa falha
Se você der alguma informação errada em seu blog, não diga “desculpe a nossa falha”. Quem desculpa, desculpa alguém de (ou por) alguma coisa. Então: desculpe-nos pela falha.
Pronúncia

Os erros de pronúncia são vários. Algumas palavras ficam até esquisitas se pronunciadas da maneira correta e você corre o risco de ser considerado uma criatura exótica, mas – fazer o quê? – vamos a alguns deles:

Um xeróx
Tire sempre uma xérox (o acento, nos dois casos, é ilustrativo). Na dúvida, peça uma fotocópia.
Féche a porta
A pronúncia correta é fêche a porta, com o e fechado (o acento é ilustrativo).
Incêsto
A pronúncia correta é incésto (o acento também é ilustrativo).
Toráxico
Escreva e pronuncie torácico.
Aerosol
Escreva e pronuncie aerossol.
Comprar no Éxtra
O “e” é fechado. Faça compras no Êxtra (novamente, acento meramente ilustrativo). Acho que nas propagandas a pronúncia usada é com o e aberto.
Sintaxe pronunciada sintakse
Essa é para os programadores de plantão. O seu código não está com problemas de “sintakse”, está com problemas de “sintásse“. As grafias entre aspas são meramente ilustrativas. A grafia correta é sintaxe.
Subzídio
Escreve-se subsídio e pronuncia-se subcídio.

Pleonasmo

sábado, 29 de janeiro de 2011 0 comentários

PLEONASMO

Pleonasmo é uma palavra de origem grega que significa superabundância.

Chama-se pleonasmo o uso de expressão redundante.

Há dois tipos de pleonasmo: o pleonasmo vício de linguagem e o pleonasmo figura de linguagem.

1. Pleonasmo vício de linguagem ou pleonasmo vicioso é a repetição desnecessária de um termo ou idéia. Muitas vezes, o uso do pleonasmo acontece porque, com o tempo, houve o esquecimento do significado das palavras ou expressões.

Eis alguns pleonasmos viciosos:

Entrar para dentro
Sair para fora
Subir para cima
Descer para baixo
Hemorragia de sangue
Plebiscito popular
Ilha fluvial do Rio Guaíba
Consenso geral
Opinião individual
Unanimidade de todos
Encarar cara a cara
Repetir de novo
Enfrentar de frente
Vereador municipal
Erário público
Decapitar a cabeça
Exultar de alegria
Prever de antemão
Habitat natural
Conviver juntos
Minha autobiografia
Estrelas do céu
Monocultura exclusiva
Planos e projetos para o futuro
Segredo secreto
Produzir bons (ou maus) produtos
Bela caligrafia
Sonhar um sonho
Há cinco anos atrás
Gritar alto
Amanhecer do dia
Elo de ligação
Acabamento final
Duas metades
Certeza absoluta

2. Pleonasmo figura de linguagem.
Figura de linguagem é um recurso estilístico empregado para emprestar à frase “mais força e colorido, intensidade e beleza.” O pleonasmo é uma figura de construção ou figura de sintaxe, isto é, um recurso estilístico, quando tem a função de realçar a idéia, tornando-a expressiva, deixando-a mais elegante, daí ser chamado de pleonasmo de reforço ou estilístico.

Exemplos:
Minha felicidade eu a conquistei.
A mim me parece certa a observação que ele fez.
Nessas duas frases, temos o emprego de objetos pleonásticos. Na primeira, houve a repetição do objeto direto minha felicidade, ao usar-se outro objeto direto: o pronome a. Na segunda, a repetição do objeto indireto a mim, ao empregar-se outro objeto indireto: me.

Os pronomes esse e issosão pleonásticos, quando reforçam quem, aquele que, e o que.
Exemplos:
Quem insistia em ficar na rua, esse estava sujeito a ser assaltado.
O que tu fizeste, isso não me importa.

Segundo Sacconi (1990, p. 399), “São pleonasmos aceitáveis: arrumar arrumadinho, fazer bem feitinho, lavar bem lavadinho, limpar bem limpinho,etc. “

Encontra-se pleonasmo estilístico em muitos escritores:
Viana Moog:
“Sorriu para Holanda um sorriso ainda marcado de pavor.”
Manuel Bandeira:
“Chovia uma triste chuva de resignação.”
Vinícius de Morais:
”E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto.”
Roberto Carlos em sua conhecida canção “Detalhes” também empregou o pleonasmo:
“Detalhes tão pequenos de nós dois”


Referências:
BECHARA,Evanildo. Moderna Gramática portuguesa. 37 ed. (rev. e aum.). Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.
CAMARGO, Thaís Nicoleti de. Pleonasmo: "vício" ou estilo? Disponível em: < http://vestibular.uol.com.br/redacao/ult2826u15.jhtm > Acesso em: 26 ago. 2007.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 46. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2005.
SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramática: teoria. 16. ed. (ref. e ver.).São Paulo: Atual, 1990.
THOMAZ, Roberto Mauro. O pleonasmo nosso de cada dia.Disponível em: Acesso em: 26 ago. 2007.

Pérolas do ENEM; (a última flor do lácio)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011 0 comentários

Gafes do ENEM
" O sero mano tem uma missão..."(A minha, por exemplo, é ter que ler isso !)

" O Euninho já provocou secas e enchentes calamitosas.."(Levei uns minutos para identificar o El Niño...)

" O problema ainda é maior se tratando da camada Diozanio !" (Eu não sabia que a camada tinha esse nome bonito)

" Enquanto isso os Zoutros... tudo baixo nive..." (Seja sempre você mesmo !!)

" A situação tende a piorar: o madereiros da Amazônia destroem a Mata Atlântica da região." (E,além de tudo, viajam pra caramba, hein ?)

" O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Entendeu ?)

" Não preserve apenas o meio ambiente e sim todo ele." (Faz sentido)

" O grande problema do Rio Amazonas é a pesca dos peixes." (Achei que fosse a pesca dos pássaros)

" É um problema de muita gravidez." (Com certeza... se seu pai usasse camisinha, não leríamos isso !)

" A AIDS é transmitida pelo mosquito AIDES EGIPSIO." (Sem comentário)

"Já está muito de difícil de achar os pandas na Amazônia" (Que pena.Também ursos e elefantes sumiram de lá)

" A natureza brasileira tem 500 anos e já esta quase se acabando " (Foi trazida nas caravelas, certo ?)

" O cerumano no mesmo tempo que constrói, também destroi, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias juntos." (Não conte comigo)

" Na verdade, nem todo desmatamento é tão ruim. Por exemplo, o do Aeds Egipte seria um bom beneficácio para o Brasil " (Vamos trocar as fumaças pelas moto-serras)

" Vamos mostrar que somos semelhantemente iguais uns aos outros " (Com algumas diferenças básicas !!)

"... menos desmatamentos, mais florestas arborizadas." (Concordo! De florestas não arborizadas, basta o Saara!)

"... provocando assim a desolamento de grandes expecies raras." (Vocês não sabiam que os animais também tem depressão ?)

" Nesta terra ensi plantando tudo dá." (Isto deve ser o português arcaico que Caminha escrevia...)

" Isso tudo é devido ao raios ultra-violentos que recebemos todo dia." (Meu Deus... Haja pára-raio!)

" Tudo isso colaborou com a estinção do micro-leão dourado." (Quem teria sido o fabricante? Compaq ? Apple? IBM ?)

" Imaginem a bandeira do Brasil. O azul representa o céu , o verde representa as matas, e o amarelo o ouro. O ouro já foi roubado e as matas estão quase se indo. No dia em que roubarem nosso céu, ficaremos sem bandeira." (Ainda bem que temos aquela faixinha onde está escrito " Ordem e Progresso ".)

" Ultimamente não se fala em outro assunto anonser sobre o araras azuls que ficam sob voando as matas." (Talvez por terem complexo de urubus !)

"... são formados pelas bacias esferográficas." (Imaginem as bacias da BIC)

" Eu concordo em gênero e número igual." (Eu discordo !)

" Precisa-se começar uma reciclagem mental dos humanos, fazer uma verdadeira lavagem celebral em relação ao desmatamento, poluição e depredação de si próprio." (Concordo: depredação de si mesmo !)

" O serigueiro tira borracha das árvores, mas não nunca derrubam as seringas." (Estas podem ser derrubadas porque são descartáveis)

" A concentização é um fato esperansoso para todo território mundial." (Haja coração !)

" Vamos deixar de sermos egoistas e pensarmos um pouco mais em nos mesmos." (que maravilha !)

Quando for a Portugal não vai dar no pé viu?

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DIFERENÇAS EM PORTUGAL E BRASIL
Em Portugal, muitas expressões usadas na linguagem coloquial são totalmente desconhecidas no Brasil. As vezes, o significado delas é o oposto do que imaginamos. Vejamos alguns exemplos:

ESTAR EM PELOTA = estar nu, pelado (o cajo andava em pelota pela praia)

ESTAR A ENTRAR COM ALGUEM = debochar, fazer gozação com alguém (Estás a entrar comigo !)

DAR SOPA = recusar paquera ou namoro. (o gajo andava a fazer olhinhos miúdos à miúda mas ela deu-lhe sopa).

ESTAR DESERTO = estar muito desejoso, estar seco para fazer alguma coisa ( Estou deserto para ir ao Brasil)

ESTAR LIXADO = estar danado, furioso com alguém (Estou lixado com aquele cajo !)

SER IRRADIADO = Ser expulso. (O futebolista foi irradiado depois da dura falta sobre o adversário)

DAR EM DOIDO = Endoidecer, ficar maluco. (Anda dou em doido com aquele gajo!)

DAR NO PÉ = Dançar. (Deram no pé toda a noite)


DIFERENÇAS NO VOCABULÁRIO

Além da contribuição do índio e do africano , há inúmeras palavras que foram criadas pelos próprios brasileiros e que são desconhecidas em Portugal. Muitas vezes, são usadas nos dois países palavras diferentes para designar as mesmas coisas, como por exemplo:

PORTUGAL / BRASIL
Comboio trem
Morgue necrotério
Esquadra delegacia

A AIDS é transmitida pelo mosquito AIDES EGIPSIO!

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Essa eu vi em um blog o mosquito diferente do convencional...

Meu Deus....

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